História administrativa: com as crescentes epidemias que acometiam o país, em especial a hanseníase, alguns membros da sociedade começaram a criar entidades privadas voltadas para os problemas de saúde pública enfrentados pela população e para a melhoria do atendimento hospitalar. Entre eles estava Alice de Toledo Ribas Tibiriçá, nascida no dia 9 de janeiro de 1886, em Ouro Preto. Alice, em viagem ao Maranhão, teve contato com as péssimas condições que viviam as vítimas da doença e começou a empregar esforços em campanhas preventivas contra o mal.
Alice Tibiriçá cria, em 1926, a Sociedade de Assistência às Crianças Lazaras, sendo sua primeira presidente e logo em seguida altera o nome para Sociedade de Assistência aos Lázaros e Defesa contra a Lepra. Seu objetivo inicial era arrecadar fundos para a assistência social dos doentes e suas famílias. Essa iniciativa inspira a criação de iniciativas similares em todo o país. A Sociedade intensificou as suas campanhas e acompanhou as ações do movimento sanitarista para o combate das endemias rurais. Em decorrência de divergências políticas com o governo do estado de São Paulo, a sede da associação foi transferida para o Rio de Janeiro.
Em 1935, Alice Tibiriçá retira-se da presidência da Associação e, a então eleita Eunice Weaver, estreita relação com o Ministério da Educação e Saúde Pública. A partir desse momento, a Associação participa de várias ações pelo Brasil divulgando as políticas assistenciais do ministério e alcança reconhecimento internacional.

História arquivística: os documentos saíram para empréstimo ao Instituto de Saúde em 2009 e foram devolvidos ao Museu de Saúde Pública, em 09/03/2016