Biografia: Nascido com o nome de Karl Rudolph Fischer, em 17 de setembro de 1886, na cidade de Leipzig, Alemanha, alterou a grafia de seu nome para Carlos Rodolpho Fischer, após se naturalizar brasileiro em 1917, pois havia sido confundido como espião alemão durante a 1ª Guerra Mundial. Com 12 anos, começou a trabalhar na empresa litográfica e se aperfeiçoou em xilogravura na Real Academia de Leipzig. Em 1910, temendo o início da guerra, veio ao Brasil para trabalhar na empresa Lithographica Hartmann Reichenbach, a qual prestava serviços para o Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro. Em abril de 1912, foi contratado pelo mesmo instituto para a função de desenhista. Foi um dos principais ilustradores da obra de Adolpho Lutz. Após se mudar para São Paulo, ingressou no Instituto Butantan em abril de 1920, exercendo as funções de desenhista e ceroplasta. Ademais, por seu interesse em entomologia e com patrocínio do Serviço de Defesa do Café, desenhou com precisão a “broca do café”, que assolava os cafezais paulistas na época, auxiliando, assim, no trabalho de controle da praga. A seguir, se transferiu, em 1928, para o Instituto de Defesa Agrícola e Animal (Instituto Biológico, a partir de 1937), onde assumiu a função de desenhista microscopista (1928- 1942), depois de revisor (1942-1945) e, finalmente, de redator da revista O Biológico (1945-1951), cargo no qual se aposentou. Embora não possuísse formação de biólogo, Fischer especializou-se, também, no estudo dos insetos, particularmente dos dípteros. Faleceu na cidade de São Paulo, em 25 de maio de 1955.

História arquivística: Os documentos foram identificados em planilhas específicas no ano de 2017. Parte do acervo fotográfico foi digitalizado no projeto de preservação do acervo fotográfico do Instituto Butantan, em 2013. No processo de identificação observou - se documentos produzidos após a morte de Fischer, como traduções e reproduções de cartas, possivelmente incorporadas por seus antigos custodiadores.